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Inflação de Serviços tem nova elevação

Em outubro de 2025, a inflação de serviços medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 0,41% , diante de um crescimento em relação aos 0,13% registrados em junho. Apesar dessa estabilidade mensal, o acumulado em 12 meses mostra um aumento de 6,20%. O resultado representa uma o setor de serviços segue exercendo pressão relevante sobre o IPCA, devido à resiliência da demanda doméstica.

Com esse desempenho, o grupo de serviços contribuiu para conter o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou uma redução de 0,09% no mês, abaixo das expectativas do mercado. Essa combinação reforça a leitura de que o processo de desinflação no Brasil segue consistente, ainda que gradual.

Comportamento e Dinâmica dos Serviços

O avanço dos preços de serviços foi influenciado principalmente pelos seguintes grupos:

  • Serviços pessoais , como alimentação fora do lar, cabeleireiros e recreação;
  • Serviços de moradia* , impulsionados por reajustes de condomínios e manutenção;
  • Educação e saúde , que continuam refletindo o aumento dos custos com pessoal e insumos.

Para o fim de 2025 e início de 2026, as projeções apontam para uma desaceleração gradual da inflação de serviços, condicionada à continuidade da política monetária restritiva e a um possível arrefecimento do mercado de trabalho. Contudo, o cenário de convergência plena à meta dependerá de avanços em políticas estruturais de produtividade, educação e inovação, além da coordenação entre política fiscal e monetária.
A leitura de outubro de 2025 confirma que o processo desinflacionário brasileiro avança, mas a inflação de serviços permanece como o principal núcleo de rigidez. O setor continua sustentado pela demanda doméstica e pelo custo do trabalho, o que dificulta a convergência total à meta de inflação.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessoria Econômica
Informações: secretaria@cnservicos.org.br