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O total de empregos gerados em Março 2.025 no CAGED (cadastro geral de empregados e desempregados) publicado, o setor de serviços obteve um saldo positivo de 52.459 mil dos empregos formais 73% do total.

Em Março de 2025, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) registrou um saldo positivo de 71.582 empregos formais no Brasil. Mesmo com esse cenário de desaceleração, o estoque total de empregos formais atingiu 47,86 milhões de trabalhadores, o maior da série histórica desde 2020.

Desaceleração com Fatores Sazonais e Econômicos

O número relativamente modesto de novas vagas formais, inclusive no setor de serviços, reflete:

• Efeitos sazonais: o Carnaval em março (e não em fevereiro, como costuma ocorrer) reduziu os dias úteis e afetou decisões de contratação.
• Antecipação de contratações: parte das admissões pode ter sido antecipada para fevereiro.
• Ambiente macroeconômico restritivo: a manutenção da taxa Selic em patamar elevado e incertezas sobre a política fiscal têm freado o ritmo de
expansão de setores intensivos em mão de obra.

Importância Estrutural do Setor Mesmo em um cenário de desaceleração:

• O setor de serviços respondeu sozinho por quase 3 em cada 4 novas vagas.
• Subsetores como saúde, educação, administração pública e atividades profissionais continuam absorvendo parte significativa da força de trabalho.
• A geração de empregos no setor contribui diretamente para o aumento da renda disponível e do consumo interno, sendo peça-chave na sustentação
do PIB.
Esse aumento real sinaliza uma recuperação gradual do poder de compra, mesmo que ainda modesta, o que pode beneficiar a própria cadeia de serviços nos próximos
meses.

O Setor de Serviços em março de 2025 foi gerado um saldo de 52.459 postos de trabalho. Os dados registraram saldo positivo no nível de emprego em 5 (cinco), dos
Grandes Grupamentos de Atividades Econômicas:

Verificam abaixo quais subsetores de serviços influenciaram no resultado, a saber:

• Transporte, armazenagem e correio (13.179 postos);
• Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais
e administrativas (11.494 postos);
• Alojamento e alimentação (-8.755 postos);
• Serviços domésticos (19 postos);
• Outros Serviços (3.994 postos);
• Administração pública (32.528 postos).

 

Apesar do resultado fraco em março, o setor de serviços segue sendo o mais resiliente e com maior capacidade de reação no mercado de trabalho. A continuidade dessa
trajetória, no entanto, dependerá de:

• Redução da Selic, para estimular o crédito e o investimento.
• Estabilidade política e fiscal, que impacta a confiança do empresariado.
• Inflação controlada, permitindo maior previsibilidade nos custos operacionais.

As próximas decisões de política monetária e fiscal serão determinantes para o fôlego do setor ao longo do ano.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessoria Econômica
Informações: secretaria@cnservicos.org.br