O Corecon-SP, por meio da Comissão da Mulher Economista, parabeniza a economista Claudia Goldin, pelo recebimento do prêmio Nobel de Economia 2023, anunciado nesta segunda-feira (9/10).
A pesquisa de Claudia mostra a disparidade salarial entre homens e mulheres. Segundo dados da Economic Research, atualmente as mulheres recebem cerca de US$ 0,80 para cada US$ 1,00 que um homem ganha, e essa desigualdade já não se justifica mais pelo grau de educação ou função no trabalho.
Segundo o Comitê do Nobel, Claudia comprovou que a disparidade hoje ocorre nos mesmos empregos, e que ela costuma iniciar depois do nascimento do primeiro filho. A conclusão veio depois de um estudo de 15 anos, que envolveu estudantes de Administração da Universidade de Chicago.
Claudia demonstra que a desvantagem salarial da mulher começa a aumentar de um a dois anos depois que ela tem o seu primeiro bebê.
“Este prêmio traz reflexões importantíssimas para todas nós, mulheres, e para toda a sociedade, pois trata-se do reconhecimento da pesquisa científica que mediu e comprovou a diferença salarial entre homens e mulheres. Cláudia lança uma nova luz sobre a luta contínua para alcançarmos a equidade “, diz Fernanda Della Rosa, coordenadora da Comissão da Mulher Economista do Corecon-SP.
“Ainda há muito por fazer, mas hoje, é sem dúvida, um grande dia para a ciência, as mulheres e a economia”, completa Fernanda.
Quem é Claudia Goldin
Nascida em Nova York em 1946, Claudia Goldin sempre se interessou por ciência e pesquisas. Com um carreira notável na economia e excelentes contribuições.
Claudia foi a primeira mulher a atingir o grau de professora titular na faculdade de Economia de Harvard. Há alguns anos, o principal foco de suas pesquisas tem sido a economia do trabalho. Em 2009, a economista recebeu o prêmio Mincer da Sociedade de Economistas do Trabalho em 2009 e o Prêmio IZA em 2016, pelo mesmo tema.
A vencedora do prêmio é autora do livro “Carreira e família: a jornada centenária das mulheres em direção à equidade”
3ª mulher a receber o Nobel de Economia
A primeira mulher a vencer o Nobel foi Ellinor Ostrom, em 2009. A pesquisadora da Universidade de Indiana dividiu o prêmio com Oliver E. Williamson, da Universidade da Califórnia, por pesquisas sobre governança econômica.
Dez anos depois, em 2019, Esther Duflo dividiu a premiação com outros dois pesquisadores: Michael Kremer e Abhijit Banerjee. O trio desenvolveu trabalhos sobre o combate à pobreza com foco em ações voltadas à saúde infantil e ao desempenho escolar.
Leia o estudo aqui – https://www.nber.org/system/files/working_papers/w31762/w31762.pdf