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A Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE), o volume de serviços prestados no Brasil apresentou um crescimento de 6,1% em janeiro de 2.023, comparado com o mesmo período de 2.022.

Na comparação com janeiro de 2.022, o indicador teve alta de 6,1%, a 23ª alta seguida. No resultado acumulado em 12 meses até janeiro, houve aumento de 8%. o volume do setor ainda se encontra 10,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2.020) e avançou 6,1% na comparação com janeiro de 2022, sendo a 23 elevação de taxa positiva consecutiva. Contudo, o setor fica 3,1% abaixo do ponto mais alto da série.

O setor de serviços, com relação ao período do mês anterior recuou (-3,1%) na passagem de dezembro para janeiro. Esse resultado deve-se a três das cinco atividades pesquisadas registraram queda na passagem mensal, com destaque para os setores de transportes (-3,7%) e de outros serviços (-9,9%), com o primeiro eliminando o ganho de 3,2% observado nos dois últimos meses do ano passado; e o segundo devolvendo integralmente a expansão de 9,4% verificada em dezembro último.

Diante dos históricos é importante relembrar que essa perda de janeiro vem depois de o setor de serviços ter atingido o pico da série histórica em dezembro. Então a base de comparação do setor é extremamente elevada.

A manutenção deste cenário de desaceleração da atividade econômica brasileira como um todo, em consequência da política monetária mais restritiva, mas crê que os estímulos fiscais promovidos pelo governo possam moderar de alguma maneira esse ritmo de arrefecimento, com a manutenção do Bolsa Família e os reajustes do salário mínimo e do funcionalismo público.

O setor, um dos mais prejudicados na pandemia, vinha se beneficiando da reabertura da economia e consequente retomada de atividades que voltaram com força, caso das viagens, shows e passeios. Mas o efeito positivo da reabertura já se dissipou e agora o setor deve começar a sentir mais fortemente os efeitos dos juros altos.

Confira o desempenho de cada grupo em janeiro de 2.023, comparado com o mesmo período de 2.022:
• Serviços prestados às famílias: alta de 11,4%;
• Serviços de informação e comunicação: alta de 5,9%;
• Serviços profissionais, administrativos e complementares: alta de 8,3%;
• Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: alta de 6,0%;
• Outros serviços: baixa de -0,1%;

Não é possível apenas com esse resultado de janeiro cravar um momento de inflexão em função de momento de conjuntura econômica. Pode ter recuado por causa de um dezembro muito bom. Precisamos aguardar. Tanto transportes quanto tecnologia de informação ainda são responsáveis pelo setor de serviços ter alcançado esse ápice em dezembro do ano passado. E a gente precisa aguardar para ver como vão se comportar
daqui para a frente.

Os juros elevados ainda não tiveram forte impacto no setor de serviços, em detrimento de outros setores, não parecem estar influenciando os diferentes segmentos de prestação de serviços, tanto o de transportes quanto os demais segmentos, incluindo serviços prestados a empresas e os prestados às famílias. O setor de serviços ainda se mostra dinâmico.

Mais um motivo para a gente reforçar essa continuidade do comportamento positivo do setor de serviços, quando a gente olha essa comparação interanual. O predomínio de taxas positivas de forma disseminada na comparação anual nos confere a impressão de que não há movimento de perda de fôlego de maneira categórica.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessoria Econômica
Informações: secretaria@cnservicos.org.br

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