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A inflação do setor econômico teve forte queda comparado ao mês anterior em Março e apresentou 0,10% no diante 1,06% a.m. em Fevereiro, 2.024, conforme medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Serviços (IPCA). Neste período, o IPCA apresentou alta acumulada de 3,93%, em 12 meses, sendo 0,16% no mês de fevereiro.

Em 12 meses, o IPCA de serviços acumula alta de 5,09%, seis desses nove grupos desaceleraram na passagem mensal. Destaque para Alimentação e bebidas (0,53% ante 0,95%) e Educação (0,14% ante 4,98%). Por outro lado, três grupos ficaram em terreno negativo no mês passado, destaque para o setor de Transportes (-0,33% ante 0,72).

A análise da inflação de serviços em março de 2024 revela uma desaceleração significativa, com um aumento de apenas 0,10%. Este valor representa uma queda considerável em comparação com fevereiro, quando a inflação de serviços registrou um aumento de 1,06%. Apesar de o IPCA ter desacelerado em março, ainda vemos a inflação de serviços muito pressionada pelo mercado de trabalho aquecido, o que representa um risco altista para os juros.

Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março.

Preços dos alimentos seguem em alta, apesar do resultado representar uma desaceleração geral, os preços dos alimentos e bebidas foram os que registraram maior impacto no indicado, 0,11 ponto percentual, e a maior alta, de 0,53%. O dado está abaixo do registrado em fevereiro, de 0,95%. Problemas relacionados às questões climáticas, efeito do El Niño, fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade.

Nota Econômica Semanal

De modo geral, o resultado de março foi bastante positivo. A desaceleração da média dos núcleos é uma excelente notícia e sugere que a dinâmica inflacionária se mantém saudável. Com isso, não enxergamos uma modificação da atual dinâmica desinflacionaria, não afetando a condução da política monetária, que ainda mantém um patamar contracionista e consistente com a atual dinâmica da inflação.

Os dados mais recentes mostram que o processo de desinflação da economia brasileira vem se consolidando nos últimos meses, embora tanto os índices de preços ao consumidor quanto as médias dos núcleos de inflação ainda se encontrem em patamares relativamente elevados.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessoria Econômica
Informações: secretaria@cnservicos.org.br