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Índice de Confiança de Serviços tem queda em Setembro

O Índice de Confiança de Serviços (ICS), do FGV IBRE, teve uma queda com variação para 0,8 pontos em setembro, para 93,8 pontos, na média móvel trimestral, o índice ficou estável ao variar -0,1 ponto.

Em setembro de 2024, o ICS registrou uma queda de 0,8 ponto, alcançando 93,8 pontos, o menor nível desde maio de 2023. Esse desempenho reflete uma desaceleração da confiança, sugerindo uma percepção mais negativa sobre o momento atual e as expectativas futuras.

A queda ocorre após um período de crescimento moderado que havia sido registrado até julho de 2024. Em maio, o índice já apresentava sinais de enfraquecimento, caindo consecutivamente nos meses seguintes.

Contexto e Fatores que Influenciam a Queda
Entre os fatores que influenciam essa retração estão as incertezas fiscais e a desaceleração da demanda interna, que afetam diretamente o consumo e o investimento no setor. O enfraquecimento do cenário econômico, tanto interno quanto externo, eleva os custos operacionais e reduz as expectativas de crescimento, o que desanima empresários a investir e expandir seus negócios.

O cenário macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros, controle de inflação e melhores resultados no emprego e na renda, podem representar um caminho positivo para recuperação da confiança do setor que vem
enfrentando dificuldades nesse início de ano.

Apesar da piora pontual das expectativas, a tendência dos últimos meses foi de reaproximação com a situação atual. Reflexo da perda de fôlego do setor, mas sem descartar uma melhora durante o ano.

Desde maio de 2023, quando o índice estava em 92,3 pontos, o ICS oscilou com certa volatilidade, demonstrando que o setor de serviços, que representa uma parte significativa do PIB brasileiro, é extremamente sensível às mudanças no
cenário macroeconômico. A queda contínua pode ser um sinal de que o crescimento econômico será mais moderado nos próximos meses.

A evolução do ICS nos próximos meses vai depender de como as condições macroeconômicas se desenvolvem, especialmente em relação à estabilidade fiscal e monetária. Além disso, o comportamento do consumo interno será um
fator crucial, uma vez que o setor de serviços está intimamente ligado à demanda doméstica.

Em resumo, o Índice de Confiança de Serviços é um termômetro valioso para acompanhar o humor do setor de serviços no Brasil, oferecendo sinais antecipados sobre possíveis tendências na economia geral.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessoria Econômica
Informações: secretaria@cnservicos.org.br