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A inflação do setor econômico de forte queda comparado ao mês anterior em dezembro apresentou 0,02% no diante 0,60% a.m. em janeiro, 2.024, conforme medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Serviços (IPCA). Neste período, o IPCA apresentou alta acumulada de
4,51%, em 12 meses, sendo 0,42% no mês de janeiro.

Em 12 meses, o IPCA de serviços acumula alta de 5,62%. Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA, cinco tiveram desaceleração na passagem entre dezembro e janeiro. Foram observadas taxas menores de inflação entre dezembro em janeiro em transportes (de 0,48% para
deflação de 0,65%), comunicação (de 0,04% para deflação 0,08%), habitação (de 0,34% para 0,25%), artigos de residência (0,76% para 0,22%) e vestuário (0,70% para 0,14%).

A inflação de serviços em janeiro de 2024 desacelerou significativamente, passando de 0,60% em dezembro para apenas 0,02% em janeiro. Embora essa desaceleração possa parecer positiva à primeira vista, a baixa variação nos preços dos serviços é motivo de preocupação para a autoridade monetária, especialmente quando contrastada com a alta inflação de alimentos e outros produtos essenciais. Esta situação pode indicar uma falta de dinamismo na economia, com possíveis impactos negativos no crescimento e na recuperação financeira do país.

Os fatores climáticos influenciaram no comportamento dos alimentos, que tiveram a maior alta desde outubro de 2022, além disso um cenário de mercado de trabalho aquecido, uma política orçamentária e fiscal expansionista, irão pressionar as metas fiscais até 2026 e expectativas de
inflação para 2024 e a médio prazo ainda não ancoradas, junto com riscos altistas para a inflação de alimentos e fundamentos delicados no grupo de serviços, exigem cautela na calibragem da política monetária no curto prazo.

A inflação de janeiro de 2024 acerta pelo controle dentro das expectativas. Apesar da alta de 0,42%, houve um gerenciamento eficaz, especialmente considerando a pressão dos preços dos alimentos. Essa estabilidade indica uma possível eficácia das políticas econômicas em lidar com as pressões
inflacionárias, contribuindo para a estabilidade macroeconômica.

Em janeiro de 2024, houve críticas à política monetária relacionada à Taxa Selic, apesar de sua redução em 11,25% ao ano. Existe uma certa preocupação com a eficácia dessa medida para Nota Econômica Semanal conter a inflação, especialmente diante de pressões de alta nos preços, como os alimentos. A expectativa é que o Banco Central reavalie suas decisões em futuras reuniões do Copom, considerando o cenário econômico.

A perspectiva para a inflação em 2024 é de monitoramento cauteloso, com projeções variando conforme as expectativas econômicas. O mercado elevou a previsão para a inflação nesse ano, indicando um cenário de atenção às pressões inflacionárias. Este aumento pode refletir preocupações com eventuais impactos econômicos, como aumento dos preços dos alimentos. No entanto, é importante considerar que as perspectivas podem mudar com base em diversos fatores, incluindo políticas governamentais, condições econômicas globais e eventos imprevistos.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessor Econômico
Informações secretaria@cnservicos.org.b

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