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Inflação de Serviços tem redução em Abril

A inflação do setor econômico de permanece em queda comparado ao mês anterior em Abril apresentou 0,05% diante 0,10% a.m. em Março, 2.024, conforme medição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Serviços (IPCA). Neste período, o IPCA apresentou alta acumulada de 3,69%, em 12 meses, sendo 0,38% no mês de abril.

Em 12 meses, o IPCA de serviços acumula alta de 4,60%, sete desses nove grupos elevaram na passagem mensal. No resultado de abril, a inflação de serviços foi beneficiada pela queda nos preços de passagens aéreas (-12,09%) e também de serviços ligados a turismo, como pacote
turístico (-2,09%).

A análise da inflação de serviços em abril de 2024 revela uma desaceleração com um aumento de apenas 0,10%. A trajetória de desaceleração da inflação de serviços consolidada ao longo de 2023, que permanece em 2024. Isso vem desde julho de 2022, claro que com algumas exceções. Apesar disso, ainda está acima do índice geral no resultado em 12 meses.

Essa diminuição na inflação de serviços pode refletir uma possível desaceleração nos custos de certos setores, o que pode impactar positivamente o poder de compra dos consumidores. No entanto, é importante considerar que outros fatores, como a incerteza fiscal e a rigidez nos serviços, podem representar desafios adicionais.

A tendência da inflação de serviços em abril sugere a necessidade de monitoramento contínuo para entender melhor os padrões de consumo e os efeitos das políticas econômicas. Enquanto isso, medidas para promover a estabilidade fiscal e o crescimento econômico sustentável podem ajudar a mitigar os riscos de inflação no futuro.

Apesar da expectativa de continuidade na desaceleração da inflação, devido a um outono mais ameno e ao enfraquecimento do El Niño, abril começa contrariando as previsões, com aumentos acentuados nos preços de itens como tomate e mamão. Além disso, abril captará o reajuste dos medicamentos, potencialmente elevando a inflação.

As principais pressões para a aceleração da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vieram dos grupos de alimentação e bebidas e de saúde e cuidados pessoais. No caso desse último, a maior influência veio dos medicamentos, após a autorização de reajuste de até 4,5% dos preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

O resultado de abril do IPCA foi influenciado, principalmente, pela alta dos grupos relacionados a Saúde e cuidados pessoais, reflexo do reajuste de medicamentos, e com alimentação em domicílio apresentando uma aceleração de 0,22 p.p. ao passar de 0,59% em março para 0,81% em abril.

Do ponto de vista de evolução do IPCA, nos próximos meses os efeitos dos recentes acontecimentos na Região Sul do país, com chuvas acima da média, devem aparecer nos preços de alimentos, mas ainda avaliamos que o grupo alimentação no domicílio deve apresentar alguma moderação em maio. Para 2024, nosso cenário mais provável é que o IPCA encerre o ano em 3,7%.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessoria Econômica
Informações: secretaria@cnservicos.org.br