No Dia do Meio Ambiente (5 de junho), o Corecon-SP participou da Edição 2023 do ‘Prêmio de Responsabilidade Socioambiental’. O evento é uma iniciativa da Câmara Municipal de São Paulo que, desde 2011, homenageia pessoas e entidades responsáveis por projetos de inovações tecnológicas com foco na preservação, qualificação e o respeito ao meio ambiente.
Os vencedores recebem a Medalha Responsabilidade Ambiental e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo.
O Corecon-SP, representado pela Economista e Conselheira Fernanda Della Rosa, faz parte da Comissão Julgadora e, este ano, indicou o trabalho da Professora e Coordenadora do CIEBP (Centro de Inovação da Educação Básica de São Paulo), Débora Garofalo, para concorrer ao prêmio. Débora foi uma das vencedoras e homenageadas por seu projeto ‘Robótica com Sucata’ que transformou o lixo em objeto de conhecimento. Este trabalho é reconhecido nacionalmente e internacionalmente.
Ela agradeceu primeiramente ao Corecon-SP pela indicação e destacou em seu discurso que “é possível inovar até mesmo com o lixo e com sucata, é possível realizar uma aula de programação e de robótica com produtos descartáveis”.
Débora reforçou que é possível oferecer educação de qualidade moderna e inovadora para todos, independente de raça, gênero ou sexo e que a educação é imprescindível para a construção de um mundo melhor e sustentável.
O projeto da Professora, que a levou ao ‘Prêmio de Responsabilidade Socioambiental’, foi criado a partir de uma problemática social (o lixo), trazida pelos estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Almirante Ary Parreiras. A ideia foi retirar esse lixo das ruas de São Paulo e trazê-los para dentro da sala de aula para o desenvolvimento de trabalhos de robótica.
“E os resultados foram incríveis, com o novo olhar da sociedade para não descartar lixos de maneira incorreta; a redução de enchentes; a melhora da evasão escolar; a melhora no índice do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e, principalmente, a ressignificação dos espaços onde os alunos puderam ser os protagonistas desse processo”, disse Débora.
Fernanda Della Rosa, que é também Coordenadora da Comissão da Mulher do Corecon-SP, explicou que o projeto da professora Débora Garofalo recebeu o apoio e a indicação do Corecon-SP porque traz muitos benefícios sociais e também econômicos.
“Essa iniciativa retira o lixo das ruas e incentiva que os alunos desenvolvam atividades inovadoras, a partir de algo que seria completamente nociso para os alunos. Então, sem dúvida, é um projeto muito inteligente, digno de ser premiado”, afirmou a Conselheira.
Os demais homenageados foram Lara Freitas, urbanista e co-fundadora do Programa Permanente Ecobairro; Patrícia Iglecias, superintendente de Gestão Ambiental da USP (Universidade de São Paulo); João Carlos Basílio, presidente da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) premiado pelo Programa Dê a Mão para o Futuro; e Ester Carro, presidente do Projeto Fazendinhando, que promove ações de preservação ambiental em Paraisópolis.
A Sessão Solene foi presidida pelo vereador Xexéu Tripoli (PSDB) e a Conselheira seccional e presidente da comissão de meio ambiente da OAB SP, Rosa Ramos, foi quem falou em nome da Comissão Julgadora da premiação.
Comissão Julgadora do Prêmio
A Comissão é formada por representantes do Corecon-SP, da Ordem dos Advogados do Brasil/Seção São Paulo, do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Associação Comercial de São Paulo, da Associação Paulista de Medicina, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, da Revista Meio Ambiente Industrial e de um sindicato de trabalhadores indicado pelas centrais sindicais.
Confira abaixo o currículo dos homenageados e as instituições ganhadoras do Prêmio Responsabilidade Socioambiental 2023 (fonte Câmara Municipal de SP):
Débora Garofalo – Professora e coordenadora do Centro de Inovação da Educação Básica de São Paulo – CIEBP, leciona há 17 anos na rede pública de ensino de São Paulo. Atua também como consultora da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, pela organização social, Grupo Mais Unidos e como consultora do Programa Parceria pela Valorização da Educação (PVE), uma iniciativa do Instituto Votorantim. Atualmente também atua como colunista na Editora Moderna, Revista Educação e Revista Mecatrônica Jovem;
Lara Cristina Batista Freitas – Arquiteta urbanista, mestre em Gestão Urbana, especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística, designer de Sustentabilidade e educadora para a Sustentabilidade. Também é co-fundadora do Programa Permanente Ecobairro, atual Instituto Ecobairro Brasil e Permacultura Urbana e Especialista em Ecoturismo. Atua na área de sustentabilidade relacionado às áreas de estudos e projetos e de educação para sustentabilidade em comunidades urbanas;
Patrícia Iglecias – Professora associada do Departamento de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP. Possui Livre-Docência (2011), Doutorado (2007) e Mestrado (2002) pela mesma instituição. Orientadora dos cursos de mestrado e doutorado da Faculdade de Direito da USP e do Programa de Ciência Ambiental da USP. Pesquisadora líder do Grupo de Estudos Aplicados ao Meio Ambiente: tutelas preventiva e reparadora de danos (USP). Possui diversas obras publicadas, com destaque para o livro “Resíduos sólidos e responsabilidade civil pós-consumo”, membro do Instituto Brasileiro de Estudos de Responsabilidade Civil – IBERC. pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Desastres da USP – CEPED;
Programa Dê a Mão para o Futuro – Desde 2006, a ABIHPEC, consciente da necessidade de buscar soluções para a questão das embalagens pós-consumo e empenhada em contribuir para o incremento dos índices de reciclagem no Brasil oferece às empresas associadas e divide com as associações parceiras o seu Programa “Dê a Mão para o Futuro” Reciclagem, Trabalho e Renda.
Projeto Fazendinhando – Um movimento de transformação territorial, cultural e social em regiões vulneráveis, feito por e para os moradores, por meio da recuperação de espaços públicos e ações de arte e cultura visando a integração da comunidade. Por meio de uma gestão eficiente e processo participativo, pretendem engajar, conscientizar, integrar e desenvolver a comunidade do Jardim Colombo e seu entorno. Com a capacitação dos moradores, buscamos a autossustentabilidade do movimento.