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O programa Nova Indústria Brasil (NIB) anunciado este ano pelo governo federal com investimentos estimados em R$ 300 bilhões, que visa estimular o progresso e aumentar a produtividade da indústria nacional, foi discutido em um debate online realizado pelo Corecon-SP, no dia 25 de abril.

De iniciativa do ‘Fórum Jovens Economistas’ e das Comissões de ‘Economia em Debate’, ‘Mulher Economista’ e ‘Conjuntura Econômica’, com apoio institucional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a temática reuniu especialistas no assunto para tratar sobre como o Plano Nova Indústria Brasil pode contribuir para impulsionar, com responsabilidade fiscal, o crescimento econômico e a agenda de neoindustrialização e de economia verde.

Participaram do debate os economistas e conselheiros do Corecon-SP, Haroldo da Silva; Alessandra Ribeiro; o coordenador do DIEESE, Luis Paulo Bresciani; o repórter de economia do jornal Estadão, Luiz Guilherme Gerbelli, que moderou a live; o presidente do Corecon-SP, Pedro Afonso Gomes; e o coordenador do Fórum Jovens Economistas do Corecon-SP, André Paiva.

Pedro Afonso abriu as discussões ressaltando que o enfoque central do evento vai além da ‘economia’, envolvendo outras questões, como a área tecnológica.

“Ao longo dos últimos meses ocorreu, por parte do governo, um debate muito intenso acerca da política industrial”, lembrou André Paiva, ao comentar que essa agenda impulsionou diferentes cadeias produtivas, principalmente com foco nas melhorias tecnológicas e aumento de produtividade na economia verde.

Na opinião de Bresciani, o programa precisa ser mais que uma política de reindustrialização e ser parte de um projeto nacional de desenvolvimento. “É extremente importante que ele tenha sido lançado e discutido dentro do Conselho Nacional, inclusive, com a nossa participação nas discussões ao longo de 2023, em conjunto com o movimento sindical. A NIB está alinhada sob uma nova onda de políticas industriais no mundo afora, especialmente dos países desenvolvidos”, disse o coordenador do DIEESE, ao pontuar sobre a relevância do programa e os desafios de implementação das ações.

O programa endereça pontos importantes para a indústria e a economia brasileira, em especial a respeito dos temas relacionados a transição energética e as pautas voltadas para a sustentabilidade, segundo a economista Alessandra Ribeiro.

Para Haroldo Silva, a política industrial brasileira está bem embasada no conceito da verdadeira política industrial que tem feito sucesso no mundo todo.

“O macroambiente traz alguns espaços favoráveis a essa nova política, a política industrial que tenta diminuir uma assimetria muito forte em relação ao crédito no Brasil, que é extremamente caro, especialmente para as atividades inovativas. A NIB mitiga parte daquilo que se convencionou do chamado Custo Brasil em relação ao crédito”, enfatiza o conselheiro do Corecon-SP.

Após as ponderações apresentadas pelos convidados, o debate foi estendido para os economistas e estudantes de economia que acompanhavam as discussões virtualmente.

Perdeu o programa? Acompanhe a edição pela TV Economista do Corecon-SP. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=xq8i1gzSs2A&t=2996s.
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