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Nota econômica Por Carlos Eduardo de Oliveira Jr – PIB de Serviços mantém elevação no 3° Trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor de Serviços foi responsável por 59% da totalidade do PIB, variando 1,8% no terceiro trimestre de 2023, frente ao mesmo período de 2022). Frente ao segundo trimestre de 2023, o PIB  de 2023 cresceu apenas 0,1.

O desempenho do setor de Serviços no terceiro trimestre de 2023 foi marcado por um crescimento de 0,6%, conforme indicado pelos dados do IBGE.

Esse incremento contribuiu significativamente para o crescimento geral do PIB brasileiro. A resiliência do setor de Serviços, ao evitar quedas mais acentuadas, é notável, especialmente considerando os desafios econômicos enfrentados durante o ano de 2023.

O setor de serviços continuou sua trajetória de expansão, com avanço de 0,6% na margem e de 1,8% em termos interanuais. Entre os componentes, vale destacar que esse resultado apresentou elevado grau de difusão. Com exceção do segmento de transportes, todos os demais apresentaram crescimento na margem. Destacam-se uma vez mais os serviços prestados às famílias, que fazem parte do segmento “outros serviços”, associados ao quadro benigno dos indicadores do mercado de trabalho.

Uma vez mais, o consumo das famílias avançou 1,1%. Para isso contribuíram:

  • A melhora no mercado de trabalho que elevou a renda, turbinada pelos programas sociais, como o Bolsa Família;
  • A queda da taxa de juros, embora ainda permaneça em patamares elevados;
  • Os programas de renegociação das dívidas de consumidores, especialmente dos mais pobres.

Como o investimento desaba, fica difícil prever se a economia continuará crescendo no próximo ano a taxas necessárias para absorver mão-de-obra, reduzir as desigualdades, inserir o país nas cadeias globais de produção.

A explicação recorrente para a queda do investimento é o juro alto que estaria desestimulando a tomada de financiamentos, porque o retorno do capital aplicado mal compensa o custo dos empréstimos.

A principal explicação, tanto para o recuo da poupança nacional quanto do investimento, é a atual política econômica distributivista que vem dando prioridade ao consumo das famílias e ao avanço das despesas públicas.

Como o investimento desaba, fica difícil prever se a economia continuará crescendo no próximo ano a taxas necessárias para absorver mão-de-obra, reduzir as desigualdades, inserir o país nas cadeias globais de produção.

Carlos Eduardo Oliveira Jr.
Assessor Econômico
Informações: secretaria@cnservicos.org.br

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