O Índice de Confiança de Serviços (ICS), do FGV IBRE, teve retração com variação 1,5 pontos em dezembro, para 92,2 pontos, menor nível desde fevereiro 2021 (89,2 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 3,2 pontos.
Em dezembro, o resultado do ICS foi influenciado principalmente pela piora das avaliações sobre a situação atual, mas também das expectativas para os próximos meses.
A confiança do setor de serviços voltou a registrar queda em dezembro e encerra o último trimestre do ano devolvendo os ganhos obtidos no segundo e terceiro trimestres desse ano. A piora no mês foi influenciada pela percepção de desaceleração no ritmo dos serviços e piora das perspectivas sobre os próximos meses.
Ao longo do ano, a confiança de serviços alternou o ritmo. No primeiro trimestre, registrou queda que parecia muito associada à uma nova onda da pandemia. Com o maior controle da mesma, a confiança avançou nos trimestres seguintes com boa influência dos serviços prestados às famílias e o segmento de transportes, justamente os que tinham sido mais afetados com as restrições de circulação. No último trimestre do ano, a desaceleração aparece bastante disseminada entre os segmentos, devolvendo parte do que foi recuperado no meio do ano.
A confiança em relação aos próximos 12 meses também melhorou em dezembro depois de atingir o menor nível em 13 meses em novembro, ficando acima da média da série. As empresas projetam que uma maior clareza em relação às políticas públicas, inflação contida, oportunidades de investimento e resiliência da demanda levarão a níveis de produção mais altos este ano.
Olhando a questão econômica, temos um ciclo de juros alto em que a tendência é desaquecer a economia e segurar a inflação.
Além disso, a disseminação entre os segmentos confirma esse momento mais negativo e sugere uma desaceleração da atividade que tende a se prolongar no início do próximo ano.
Parabéns Carlos Eduardo, pela abordagem deste tema tão relevante.