O Corecon-SP tem em seu quadro de Conselheiros atualmente, dois Economistas que estão ocupando funções de alta relevância no Governo Federal do Brasil.
São eles Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça, nomeado como Secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; e Cristina Fróes de Borja Reis, convidada para atuar como Subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Para o presidente do Corecon-SP, Pedro Afonso Gomes, tê-los na esfera pública federal demonstra o apreço que os brasileiros em geral têm aos paulistas e especialmente aos Economistas paulistas.
Além de enaltecer e valorizar o Corecon-SP por ter em seu quadro de Conselheiros profissionais altamente capacitados e reconhecidos nacionalmente, sendo escolhidos para realizar um trabalho que terá impacto na população de todo o país. A equipe de Comunicação do Corecon-SP conversou com eles sobre essa nova fase de suas vidas, desejando sucesso.
Confira!
Cristina Fróes de Borja Reis
Fale um pouco da sua experiência profissional
Sou Economista, graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (2003), mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008) e doutora em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013). Tenho pós-doutorado na International Post-Doc Initiative/ Marie Curie Actions da Universidade Tecnica de Berlim. Professora adjunta da Universidade Federal do ABC. Tenho experiência nas áreas de Economia Internacional e Desenvolvimento, principalmente nos seguintes temas: cadeias globais de valor, investimento público, estrutura produtiva e comercial, economia política internacional.
Como se sente diante de um passo tão importante em sua carreira?
Estou muito animada e confiante, pois sempre sonhei em trabalhar com políticas públicas e trabalhar no Governo Federal. São anos de estudo e trabalho, sinto-me preparada e desejo muito contribuir para que esse novo governo consiga promover um desenvolvimento inclusivo e sustentável.
Que formação profissional, expertise ou fatos de sua carreira acha que a levaram a ser reconhecida para ocupar tal cargo?
Em todas as minhas pesquisas de mestrado e doutorado eu trabalhei com os temas desenvolvimento econômico, estrutura produtiva e comercial e impacto do investimento público, olhando tanto para a economia brasileira, quanto para experiências internacionais de crescimento. Isso, a partir de uma integração nas cadeias de valor, da exportação de recursos naturais, em busca de uma maior complexidade do tecido econômico. Então, como complexificar o tecido econômico sendo exportador de commodities?
Depois de quase 10 anos lecionando nas pesquisas dentro do grupo de cadeias globais de valor e de pós-doutorado, observei que os olhares se voltaram para a indústria, em especial para os setores estratégicos, como máquinas e equipamentos em busca de oportunidades de nichos para justamente aumentar a complexidade das atividades desempenhadas nas cadeias globais.
A minha experiência na região do ABC também foi muito importante para conhecer melhor os interesses dos setores públicos e privados, bem como para conciliar toda uma agenda de desenvolvimento. Além disso, também fiz trabalhos, participei de projetos de pesquisa e de consultorias como o da ABDE 2022 sobre como conciliar a estrutura produtiva com o atingimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda/2030 que, com certeza, é uma das preocupações centrais aqui na subsecretária.
Quais serão as suas principais atividades?
Temos três grandes formas de atuação. Teremos uma de formação de políticas econômicas para desenvolvimento sustentável. Atuaremos também servindo como base técnica para as demais subsecretárias da Secretaria de Política Econômica, fornecendo estudos e subsídios para métricas e indicadores das políticas, preocupados com a sustentabilidade e a inclusão. E que esses indicadores e métricas possam expandir para outros órgãos de governo preocupados com o desenvolvimento sustentável.
E a terceira linha de atuação é justamente essa articulação do setor dentro do Governo Federal, com diferentes áreas, ministérios e órgãos, mas também fora do Governo Federal, com setores públicos e privados. Buscamos uma melhor coordenação de políticas públicas e de estratégias privadas, bem como o próprio regime macroeconômico com os objetivos de desenvolvimento, tendo a Agenda/2030 como referência principal.
Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça
Fale um pouco da sua experiência profissional
Sou Economista, pós-graduado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1979). Pós-graduado no Instituto de Pesquisas Econômicas da FEA-USP (1980-1981). Atuei no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE por 30 anos. Entre 1990 e 2003 exerci o cargo de Diretor Técnico da Instituição. Fui Secretário de Recursos Humanos (2003-2007) e Secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público (2012-2016) do Ministério do Planejamento do Governo Federal. Fui presidente da FUNCEF (Fundação dos Economiários Federais), fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal (2016). Dirigi, entre 2019 e 2022, o ‘Portal Reconta Aí’ em defesa dos bancos públicos e das empresas públicas.
Quais suas expectativas e como o senhor acha que poderá contribuir para o desenvolvimento do nosso país?
Ao lado desse atual Governo, apostamos, mais uma vez, na democracia e na democratização das relações de trabalho. Vamos avançar, inclusive, nas propostas e nas experiências do passado, vividas durante os governos anteriores do PT, entre 2003 e 2016. Nosso objetivo é melhorar a gestão pública evitando o conflito com os servidores, prezando pela harmonia. E essa relação harmoniosa com os servidores contribuirá para que as demais politicas públicas muito importantes sejam exercidas com êxito nesse próximo ciclo entre 2023 a 2026.
A Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho é o órgão central de gestão de pessoas do Poder Executivo federal, que reúne cerca de 200 órgãos e entidades e 1,3 milhão de servidores públicos federais ativos, aposentados e pensionistas.
A atuação da Secretaria vai abranger temas como a reforma administrativa; a estruturação de cargos e carreiras públicas, remuneração e benefícios; negociação com entidades representativas dos servidores públicos, por meio da mesa nacional de negociação permanente; aposentados e pensionistas; seleção dos cargos efetivos e contratos temporários, entre outros assuntos relacionados à vida funcional dos servidores.
O senhor já atuou em governos anteriores e retorna ao cargo justamente pela sua experiência. Mas como se sente diante desse novo desafio?
Realmente é mais um desafio, mas que eu conheço, em partes. Já exerci esse cargo entre 2003 e 2007 e depois entre 2012 e 2016. Mas, claro que a realidade, o contexto econômico e político mudou, já que 20 anos se passaram. Mas, trata-se de uma função que está totalmente relacionada com minha profissão de Economista e com a minha formação no DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Além de já ter atuado na administração pública federal no passado, que outros fatos de sua carreira o senhor considera que o levaram a ser reconhecido e escolhido para ocupar tal cargo?
Trabalhei três décadas da minha vida com negociação coletiva com pesquisas relacionadas ao movimento sindical dos trabalhadores. Isso me credenciou para ocupar esse cargo no Governo Federal e agora para voltar por conta da experiência acumulada nesses oito anos passados.