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No mundo atual, ou mesmo em períodos históricos, diversas correntes políticas e econômicas moldam nossos debates. Entre as principais estão a esquerda, orientada pelos princípios de Karl Marx, e a direita, que tem em Adam Smith seu ícone econômico.

Hoje, vamos explorar o libertarianismo, uma ideologia frequentemente confundida com o liberalismo. Embora ambos defendam a liberdade individual e o mercado livre, suas visões sobre o papel do Estado diferem significativamente. Liberais acreditam que o Estado deve intervir em áreas específicas, como justiça social e regulamentações, para promover o bem-estar comum. Por outro lado, libertários advogam por uma mínima interferência estatal, limitando suas funções à proteção dos direitos individuais. Em resumo, enquanto os liberais aceitam um Estado com um papel moderado, os libertários buscam reduzir ao máximo a presença do governo na vida das pessoas e na economia.

O libertarianismo, apesar de seu apelo teórico, enfrenta desafios práticos. A questão central é: como um país pode funcionar sem impostos e governo? Embora eu concorde que o Estado deve ser pequeno, a ausência total de governança parece inviável.

A Heritage Foundation, por meio do Índice de Liberdade Econômica, aponta países como Singapura, Suíça, Irlanda e Taiwan como exemplos onde o Estado interfere minimamente na vida dos cidadãos. No entanto, Singapura, por exemplo, é conhecida por seu rigoroso sistema de vigilância. Isso levanta a questão: será que a liberdade está realmente garantida nesses contextos?

É importante lembrarmos que a presença massiva do Estado, pode gerar ineficiência a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, foi um exemplo.

Na atualidade temos a China, um governo unipresente, mas com um capitalismo de Estado muito forte.

Ainda na Ásia, temos a Coreia do Norte, uma ditadura centrada em torno de seu líder King Jong Un.

É fundamental reconhecer que, na prática, muitos economistas com viés libertário defendem a eliminação do Estado. No entanto, a realidade demonstra que, quando grandes empresas enfrentam crises, o apoio estatal é frequentemente necessário para evitar o colapso econômico.

Além disso, países como França e Alemanha têm desempenhado um papel ativo na manutenção e apoio da indústria automobilística, mostrando que uma intervenção estatal cuidadosa pode ser benéfica.

Acredito que um Estado que interfira minimamente nas economias pode ser produtivo, principalmente ao apoiar o empreendedorismo e as empresas existentes. O melhor programa social que um governo pode criar é o emprego, pois oferece às pessoas uma perspectiva de vida melhor.

A questão central pode não ser o tamanho do Estado, mas sim como ele é gerido. Um exemplo notável é a Saudi Aramco, uma estatal que se tornou a maior petrolífera do mundo, avaliada em US$ 2 trilhões, mostrando que uma gestão eficiente pode levar a resultados impressionantes.

Enquanto a esquerda tradicional frequentemente enfatiza a necessidade de cuidar do povo, é crucial também considerar quem promove o crescimento econômico. Países que adotam ideologias atraentes na teoria, mas falham na prática, enfrentam dificuldades significativas.

Portanto, a questão não é apenas se o Estado deve ser grande ou pequeno, mas quem está à frente de sua gestão e como ele é administrado. Uma administração eficaz é fundamental para garantir tanto o crescimento econômico quanto o bem-estar social.

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